Teste do Pezinho

Entenda a importância do Teste do Pezinho na prevenção de doenças da tireoide

O Teste do Pezinho é um exame realizado em recém-nascidos. Ele faz parte de uma bateria de exames em que os bebês são submetidos com o objetivo de identificar, precocemente, algumas doenças e a prevenir futuras sequelas. Dessa maneira, ainda na maternidade, são feitos, além do Pezinho, o Teste do Olhinho, Orelhinha e Coraçãozinho.

Como é realizado o Teste do Pezinho?

O teste é feito a partir de uma amostra sanguínea que é retirada do calcanhar do bebê, por isso leva o nome de Pezinho. Caso o exame detecte alguma alteração, é realizada uma nova coleta, com o objetivo de confirmar o diagnóstico. Conhecido também como triagem neonatal, esse tipo de exame tem o objetivo de detectar uma série de doenças metabólicas, genéticas e/ou infecciosas que podem causar sérios danos à saúde e sequelas por toda a vida da criança. Ele é realizado logo nos primeiros dias de vida. Entretanto, não pode ser feito antes de 48h porque, assim que nasce, o bebê ainda sofre influências das alterações hormonais e metabólicas. Elas ocorrem naturalmente com a transição da vida fetal para a vida pós-natal.

Quais doenças a triagem neonatal detecta?

Dentre as doenças detectadas pelo teste, estão:

Fenilcetonúria

Doença que impede o metabolismo da enzima fenilalanina-hidroxilase. O seu acúmulo no organismo pode causar retardo mental.

Doença falciforme

Altera a formação da hemoglobina, dificultando sua locomoção e, assim, lesionam o tecido.

Deficiência de biotinidas

É a falta da vitamina biotina no organismo. Seu déficit pode provocar convulsões, fraqueza muscular, acidez no sangue e imunidade baixa.

Fibrose cística

Doença que compromete o funcionamento das glândulas exócrinas. Pode causar, em recém-nascidos, obstrução ileomeconial.

Hiperplasia adrenal congênita

Afetam o crescimento normal da criança, devido a um conjunto de alterações genéticas.

Hipotireoidismo congênito

A tireoide não produz os hormônios como deveria, causando lentidão nos processos metabólicos. Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre 2012 e 2017, quase 15 milhões de recém-nascidos realizaram a triagem neonatal metabólica. Por causa do exame do Pezinho, foram diagnosticados 17.410 recém-nascidos com alguma das doenças detectáveis pelo teste. Dentre as patologias mais frequentes diagnosticadas estão o hipotireoidismo congênito e a doença falciforme, que, juntas, perfazem uma média de 77% dos casos.

O que é o hipotireoidismo congênito?

No hipotireoidismo congênito, a criança nasce com déficit ou ausência de produção de hormônios pela glândula da tireoide. Apesar de ser essencial durante toda a vida, os hormônios produzidos na tireoide são essenciais para crianças, uma vez que eles atuam no crescimento físico, no desenvolvimento do cérebro e em diversas funções do organismo. Por isso, o hipotireoidismo congênito pode causar prejuízo no crescimento e no desenvolvimento mental do bebê. Além disso, a doença pode causar uma série de complicações para a saúde. Dentre elas, estão:
  • dificuldades respiratórias;
  • cianose;
  • icterícia prolongada;
  • constipação;
  • bradicardia;
  • anemia;
  • sonolência excessiva;
  • livedo reticularis;
  • choro rouco;
  • hérnia umbilical;
  • alargamento de fontanelas;
  • mixedema, sopro cardíaco;
  • dificuldade na alimentação, com deficiente crescimento pondero-estatural;
  • atraso na dentição;
  • retardo na maturação óssea;
  • pele seca e sem elasticidade;
  • grave retardo mental.
Diante disso, é possível compreender a importância da realização do Teste do Pezinho para detectar uma série de doenças, inclusive a da tireoide. O diagnóstico precoce, realizado ainda na maternidade, permite que o tratamento seja iniciado rapidamente. Dessa maneira, evita-se a manifestação da doença, garantindo, para a criança, um desenvolvimento normal. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter. Ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como endocrinologista em São Paulo!

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