Com o avançar da idade adulta, o corpo passa por mudanças. As alterações de grande reflexo, principalmente no aspecto físico, têm várias origens, entre elas a diminuição da produção de hormônios. Para as mulheres, essa fase é denominada menopausa; para os homens, trata-se da andropausa. Esse período é marcado por alguns sintomas desconfortáveis que podem interferir nas atividades diárias. A reposição hormonal é uma terapia indicada de amenizar a situação e oferecer melhor qualidade vida.
O que acontece com os hormônios quando o corpo envelhece
Na menopausa, há o término dos ciclos menstruais e ovulatórios, o que ocorre entre os 45 e 55 anos. Nessa faixa etária, o estrógeno pode reduzir até 30%. A progesterona tem queda de 75% a partir dos 35 anos, com contínuo declínio. Esse hormônio é responsável por manter a gravidez e prevenir contra o câncer de endométrio, pólipos e miomas. Os sintomas mais comuns são ondas de calor (fogachos), insônia, variação de humor, falta de memória, ressecamento vaginal, ganho de peso e diminuição da libido.
Após os 50 anos, o homem passa pela andropausa, período em que ocorre a diminuição da produção de testosterona. Esse hormônio tem uma baixa de 40% a partir do 40 anos e, aos 80 anos, fica praticamente zerado.
Os sinais que marcam essa fase são alterações de humor, cansaço, sensação de perda de energia, diminuição da libido, disfunção erétil e perda de massa óssea e muscular. Problemas de saúde também podem ser mais evidentes, como doença cardiovascular, diabetes, obesidade, hipertensão, aumento do colesterol e piora dos níveis de glicose e lipídios no sangue.
Tipos de reposição hormonal
A reposição hormonal deve ser indicada por um especialista e baseada em exames clínicos, para acompanhar os resultados que o corpo apresenta com o tratamento. Entre as opções disponíveis estão:
- injeções aplicáveis mensal ou trimestralmente;
- ingestão diária de comprimidos sintéticos de estrogênio;
- uso de adesivo e gel, método bastante usado com o objetivo de não ocorrer interferências no estômago e fígado;
- anel vaginal, que libera menos hormônios no organismo devido à sua ação local; deve ser trocado uma vez por mês;
- tratamento fitoterápico, em que se utilizam algumas plantas medicinais que contêm flavonoides, os quais atuam no organismo como repositores hormonais.
A reposição hormonal deve ser acompanhada por especialista
Assim como em todo tratamento médico, alguns efeitos colaterais podem ser observados na reposição hormonal. Há casos em que podem ocorrer, nas mulheres, o aumento do endométrio (efeito minimizado com uso da progesterona), aumento de triglicérides (apenas com a via oral de estrogênio), retenção de líquido e aumento da pressão arterial. Nos homens, aumento prostático. Esses efeitos dependerão das condições de saúde da pessoa e somente o especialista poderá avaliar os riscos e indicar o tratamento ideal.
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