A altura da criança é uma das preocupações mais frequentes dos pais. Aliás, é uma preocupação que vem desde a barriga da mãe. A ansiedade para o próximo ultrassom e a consulta ao pediatra é sempre muito grande. Mas, nem sempre uma criança baixa apresenta problema de crescimento. O acompanhamento com um médico especializado é fundamental para acabar com a preocupação.
Apesar de 3% a 5% das crianças serem consideradas baixas, poucas apresentam, de fato, distúrbios do crescimento. Essas condições são caracterizadas pelo atraso no crescimento infantil, afetando a altura. Após o nascimento, altura e peso devem ser aferidos até os 18 anos, colocando os resultados nas curvas de crescimento. Isso é necessário para a avaliação do padrão de crescimento da criança, que deve estar compatível com a de outras de mesmo sexo e idade, bem como similar ao padrão de estatura da família.
Vários fatores são importantes para promover o desenvolvimento da criança. Nutrição, ausência de doenças crônicas, sono adequado, prática de atividade física, saúde emocional e genética. Cerca de 80% da estatura é determinada pelo tamanho dos pais. Se algum desses fatores estão comprometidos, o crescimento da criança pode ser alterado.
Causas dos problemas de crescimento
É importante lembrar que qualquer doença interfere no crescimento, até mesmo uma gripe forte. Por isso, o ponto na curva não deve ser olhado isoladamente. Os principais fatores que podem interferir no crescimento infantil são:
- Genética: existe uma chance maior da criança ficar mais baixa, quando ela herda essa característica da família;
- Deficiência hormonal: o hormônio do crescimento (GH) é produzido pela hipófise, glândula localizada no cérebro. Sua deficiência reduz a taxa de crescimento, que pode resultar em baixa estatura. Quando produzido em excesso, pode causar problemas, como o gigantismo, condição em que o organismo cresce mais do que o normal;
- Problemas crônicos: asma, alergias, disfunções renais e cardíacas. Tanto as doenças como os medicamentos usados para tratá-las podem prejudicar o crescimento;
- Alimentação: para ter crescimento e desenvolvimento normais, existem alguns nutrientes que as crianças devem consumir. A deficiência deles pode comprometer o crescimento normal;
- Dificuldade na absorção dos nutrientes: em alguns casos, a criança consome os nutrientes de forma correta, mas não os absorve. Como no caso da doença celíaca, que afeta o intestino.
Diagnóstico do problema de crescimento
Caso os pais, ou o pediatra, desconfiem da demora para o crescimento da filho, é importante iniciar a investigação. Quando a criança é muito baixa, o médico vai investigar se ela está se alimentando bem e absorvendo corretamente os nutrientes. Ele também poderá analisar a possibilidade de déficit do hormônio de crescimento, o GH.
Os principais exames para o diagnóstico são: exame físico; de sangue (que pode confirmar alterações hormonais e genéticas); raio-X de idade óssea (exame de imagem responsável por determinar a maturidade e o potencial de crescimento ósseo).
O tratamento para o problema de crescimento em crianças será de acordo com a causa do problema.
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