A obesidade é uma condição física decorrente do acúmulo de gordura no corpo. Durante muito tempo, acreditou-se que a obesidade era causada exclusivamente por fatores comportamentais como ingesta alimentar excessiva associada ao sedentarismo. Hoje em dia, sabe-se que inúmeros fatores estão envolvidos, além do comportamento, condições genéticas e ambientais também influenciam o controle do peso.
A carga genética de um indivíduo pode aumentar a chance de se tornar obeso na vida adulta. Ela está envolvida na capacidade de formar gordura e utilizá-la como fonte de energia. Isso determina a maior facilidade que alguns indivíduos ganham mais peso do que outros. Há um risco de quase 80% de um adulto tornar-se obeso se tiver sido obeso dos 10 aos 14 anos e ainda se possuir um dos pais obesos. Crianças obesas acima de 6 anos de idade tem 50% de chance de se tornarem adultos obesos.
Apesar da herança genética ter um papel importante na causa da obesidade, estudos demonstram que fatores ambientais são os principais determinantes. A correria do dia a dia muitas vezes é a principal desculpa para se alimentar mal. A necessidade de realizar refeições em poucos minutos, tem levado ao aumento do consumo em redes de fast-food, que oferecem alimentos altamente calóricos. Dietas ricas em gorduras e açucares refinados são compostas por alimentos de alto valor calórico, alta palatabilidade (ou seja, agradam ao paladar) e baixo poder sacietógeno (não produzem saciedade), favorecendo o aumento da ingestão alimentar.
No equilíbrio do balanço energético encontramos o consumo calórico de um lado da balança e do outro, o gasto calórico. Mudanças comportamentais nas últimas décadas favorecem o sedentarismo, responsável pela diminuição do gasto energético. Afinal, ao manter o corpo em repouso, não se queima todas as calorias ingeridas em excesso. Recomenda-se a prática de exercícios físicos aeróbicos com duração de 30 a 60 minutos com frequência de duas a cindo vezes por semana. É claro que, quanto maior a duração e a frequência do exercício, maior será o gasto calórico.
Dormir bem também favorece a perda de peso. “Noites mal dormidas” desequilibram a produção de hormônios, geram cansaço físico e mental e podem contribuir para o aumento do apetite.
A boa notícia é que, com a orientação de profissionais especializados aliado à força de vontade, é possível reverter a situação e proteger o organismo de sofrer com os impactos futuros.
Tenha em mente que será fundamental modificar seus hábitos. Uma alimentação equilibrada priorizando uma dieta balanceada, com verduras, legumes e frutas é o primeiro passo rumo a uma vida mais saudável. Escolher um exercício para praticar regularmente também integra o tratamento.
Medicações podem ser necessárias, principalmente no período inicial das mudanças de hábitos. Com o passar do tempo, os novos hábitos já estarão incorporados à rotina diária e a manutenção do peso adequado será conquistada naturalmente.
A mudança começa internamente e deve se consolidar ao longo da vida.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos conheça mais do meu trabalho como endocrinologista em São Paulo!