puberdade tardia

O que é puberdade tardia?

A puberdade é caracterizada pelas mudanças físicas e psicológicas nas crianças. Crescimento dos testículos, pelos e aumento das mamas são alguns dos indícios de que o adolescente está tomando o lugar da criança. Quando não há o aparecimento dos caracteres sexuais secundários, dentro do período esperado, ou seja, até os 13 anos para o sexo feminino, e 14 anos para o sexo masculino, esta disfunção é chamada de puberdade tardia.

Em meninos, a puberdade tardia é mais comum. Ela é caracterizada pela ausência do aumento dos testículos até os 14 anos de idade, e um período de tempo de mais de cinco anos entre o início e o fim do crescimento dos órgãos genitais. Nas meninas, as principais características são ausência do desenvolvimento das mamas até os 13 anos de idade, um período de tempo de mais de cinco anos entre o início do crescimento das mamas até o primeiro período menstrual. Também é considerado a ausência da primeira menstruação (amenorreia) até os 16 anos de idade.

As principais causas desse bloqueio do desenvolvimento estão relacionadas a questões fisiológicas. É muito comum que esse atraso tenha influência genética, ou seja, pai ou mãe que também tiveram tais alterações tardias.

Outras causas são doenças crônicas, como:

  • deficiência de produção de hormônios que regulam o crescimento, desenvolvimento, puberdade, reprodução e secreção de hormônios;
  • falência das gônadas (ovários e testículos).

O atraso da puberdade é também característico de algumas síndromes, sendo a Síndrome de Turner a mais comum nas meninas.

Diagnóstico e tratamento da puberdade tardia

Ao identificar atrasos no desenvolvimento dos adolescentes, os pais devem procurar a ajuda de um endocrinologista, que avaliará os sintomas e fará alguns exames diagnósticos. Nem todos os quadros são considerados atrasos, o que reforça a necessidade de avaliação especializada para confirmação do quadro.

Em alguns casos, existe somente a presença de baixa estatura, lentidão no aparecimento dos sinais puberais ou resultado de uma história familiar semelhante.

A puberdade atrasada, seja ela constitucional ou patológica, pode levar à distúrbios psicológicos e sociais, gerando insegurança e ansiedade no adolescente. Nesse caso, o melhor tratamento é o acompanhamento médico e psicológico.

Para pessoas que têm uma doença crônica subjacente, o tratamento é focado na condição específica. Em geral, uma vez tratada a doença responsável pelo atraso do desenvolvimento da criança, a puberdade continua a evoluir. Tumores, traumas no sistema nervoso central, hipotireoidismo e diabetes mal controlada, por exemplo, podem levar a um atraso puberal.

Em alguns casos, o tratamento pode ser feito com o uso de medicamentos. Os meninos podem receber de quatro a seis meses de testosterona, uma vez a cada mês. Em doses baixas, a testosterona dá início à puberdade, provoca o desenvolvimento de algumas características masculinas (virilização) e não impede que os adolescentes alcancem seu potencial de altura adulta. Em meninas, doses baixas de estrogênio podem ser iniciadas, na forma de comprimidos ou adesivos cutâneos.


Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
endocrinologista em São Paulo!

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