O hirsutismo é um distúrbio que aumenta a quantidade de pelos terminais em mulheres. Eles possuem aspectos semelhantes aos masculinos, ou seja, crescem mais grossos e escuros.
Geralmente, eles costumam aparecer em regiões como queixo, bordo superior, pernas, abdômen, braços, dorso, áreas genitais, tórax, umbigo, nádegas e pés.
Normalmente, o transtorno atinge até
10% do público feminino e, de forma geral, está associado ao excesso de fabricação de hormônios masculinos pelas glândulas suprarrenais, ovários e, portanto, é comumente relacionado à síndrome do ovário policístico (SOP).
Recentemente, a Endocrine Society traçou algumas diretrizes para o tratamento desse distúrbio, em uma publicação do
Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.
Na lista de recomendações, a associação orienta sobre o uso de contraceptivos orais com menores doses de estrogênio em mulheres obesas e com predisposição a tromboembolismo venoso. Além disso, ela alerta sobre o manuseio de fotodepilação em mulheres negras.
Neste artigo, apresentamos as principais causas do problema, mostrando ainda quais são os tratamentos mais adequados. Continue a leitura para ficar por dentro do assunto!
Quais são as principais causas?
O hirsutismo pode surgir de diferentes formas. Um dos motivos prováveis é a Síndrome do Ovário Policístico (SOP). Isso porque esse distúrbio endocrinológico potencializa a produção de hormônios sexuais masculinos.
A Síndrome de Cushing é outra causa provável, porque ela aumenta o cortisol produzido pelas glândulas suprarrenais.
Mas não para por aí, já que a hiperplasia adrenal congênita, que é uma doença associada ao metabolismo, provoca a produção excessiva de hormônios androgênicos.
Vale dizer que, além dessas justificativas, a obesidade e a menopausa também podem provocar esse transtorno. Isso porque esses fenômenos mexem com a produção de hormônios.
Por fim, é importante ter atenção também para os tumores que produzem hormônios androgênicos nas glândulas adrenais e nos ovários. Além de alguns medicamentos usados no tratamento de doenças como depressão, endometriose, artrite reumatoide, calvície e problemas na tireoide.
Quais sintomas estão relacionados?
Além do surgimento excessivo de pelos grossos e escuros, a mulher pode sofrer alterações no ciclo menstrual, infertilidade, problemas com acne, calvície, hipertensão, ampliação do clitóris, redução da mama, distúrbios no colesterol.
Como tratar o hirsutismo?
Depois de investigados os motivos, o especialista elabora as estratégias de combate à doença. Logo, ele adota o tratamento mais adequado para a paciente.
Nesse sentido, o médico pode recomendar o uso de cremes específicos, que bloqueiam a produção de hormônios masculinos.
O manuseio dessas substâncias só deve ocorrer mediante prescrição do médico especialista, uma vez que ela pode provocar queimaduras e irritação se usadas incorretamente.
A luz pulsada e o laser acabam sendo as opções mais rápidas, no que tange à remoção dos pelos. No entanto, os efeitos colaterais existem, por isso a escolha do aparelho precisa ser discutida com o dermatologista. Já a eletrólise é indicada para o tratamento de pelos brancos, que são mais resistentes ao laser.
Como vimos, o hirsutismo é um distúrbio que provoca o aumento de pelos em mulheres, e a sua origem, geralmente, está associada a diversos fatores. Nesse caso, além das metodologias adotadas pelo médico, é muito importante que os pacientes com esse quadro trabalhem para equilibrar o peso, uma vez que essa estratégia também é imprescindível no controle da enfermidade.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
endocrinologista em São Paulo!