Caracterizada pela baixa produção hormonal na glândula tireoide, o hipotireoidismo é uma doença que geralmente acomete mulheres com mais de 60 anos e com histórico da doença na família. Algumas pessoas podem não apresentar nenhum sintoma, por isso a realização de exames periódicos é importante.
É possível ter uma vida normal e tranquila, mas, sem tratamento adequado, o cansaço e a lentidão podem afetar o desenvolvimento de atividades pessoais e profissionais, causando incômodo diário à pessoa. Além disso, casos mais graves, podem levar ao coma mixedematoso.
Identificando o hipotireoidismo
O diagnóstico durante a gravidez pode evitar a má formação do cérebro do bebê. No teste do pezinho, feito após o nascimento, a doença poderá ser diagnosticada e tratada corretamente, evitando-se o mau desenvolvimento mental e corporal do indivíduo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), os principais indícios são:
- cansaço e lentidão;
- depressão mental;
- sensação de frio;
- pequeno ganho de peso (apenas 2 a 4 kg);
- pele e cabelo secos;
- constipação;
- irregularidades menstruais;
- colesterol alto;
- queda de cabelo;
- dor muscular.
O que faz despertar o hipotireoidismo
Uma das causas do distúrbio é a Doença de Hashimoto. Incidente em adultos, ela é caracterizada por ser autoimune, ou seja, os próprios anticorpos atacam a tireoide, que, por sua vez, não consegue produzir quantidade suficiente de hormônios.
Outra causa comum são os próprios tratamentos para tireoide – iodo e cirurgia -, que podem danificar a glândula.
Outro ponto importante para o desenvolvimento da doença é a má formação do órgão ainda na gestação.
Cuidando da saúde
Uma vez diagnosticado o hipotireoidismo, por meio de exame de sangue que confirme os níveis baixos de T4 e níveis altos de TSH (hormônio da tireoide), o médico sugerirá o tratamento com medicamentos que estimulem a produção de T4. Se não realizado corretamente, poderá ocasionar aumento do colesterol, levando a doenças cardíacas.
É muito importante que sejam feitos exames regulares para o ajuste da dosagem do remédio, uma vez que o tratamento é por toda a vida.
Durante a gravidez, há risco são de hemorragia após o parto, pré-eclâmpsia, anemia, parto prematuro, aborto espontâneo, defeitos cardíacos no bebê, baixo Q.I, atraso mental e baixo peso. Por isso é necessário a reposição hormonal para a mãe e para o feto no tratamento de hipotireoidismo.
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