O câncer é, atualmente, uma das doenças mais temidas pelas pessoas em todo o mundo.
Um relatório da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer mostrou que 1 em cada 5 homens e 1 em cada 6 mulheres terão câncer em algum momento da vida. Para muitos, a doença pode ser assustadora. Mas, na maior parte das vezes, quando o tumor é descoberto em estágio inicial e o tratamento é iniciado precocemente, a doença tem cura.
É assim, também, com os casos de câncer de tireoide, um tipo da doença que não é muito repercutida, mas que, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), foi o 5º tipo de câncer mais frequente em mulheres em 2018. Em homens, a doença é menos comum e correspondeu a apenas 0,7% dos casos.
Tipos de câncer de tireoide
Existem vários tipos de câncer na glândula da tireoide. Os mais comuns são os carcinomas:
- papilífero: é o tipo mais comum, atingindo cerca de 80% dos casos. É um tumor pouco agressivo, que evolui lentamente e tem fácil tratamento. Quando há metástase desse carcinoma, a glândula linfática pode ser a 1ª a ser atingida;
- folicular: esse tipo de câncer possui mais chance de reincidência e metástase, que pode chegar a atingir os ossos e os pulmões;
- medular: é um tipo de tumor mais agressivo e que corresponde a cerca de 5% dos casos;
- anaplásico: é o tipo mais agressivo e com evolução mais rápida. Em pouco tempo, esse carcinoma pode atingir o fígado, o pulmão e os ossos.
Sintomas
Alguns tipos de câncer nessa glândula podem ser assintomáticos na fase inicial, já que são de evolução lenta, sendo que o 1º sinal é o aparecimento do nódulo na garganta. Além disso, o paciente pode sentir, também:
- inchaço na região do pescoço;
- alteração vocal e rouquidão;
- dificuldade para respirar e engolir;
- tosse persistente.
Causas
Ainda não se sabe exatamente o que pode causar o câncer na tireoide, mas existem alguns fatores de risco que estão associados com a doença:
- histórico familiar desse tipo de câncer;
- histórico de exposição à radiação na cabeça, no pescoço e no tórax para o tratamento de doenças;
- síndrome genética.
Tratamento
Para diagnosticar o câncer em questão, o médico poderá solicitar exames de sangue, que têm o objetivo de verificar se a taxa dos hormônios está dentro do esperado; de imagem, para analisar se a glândula encontra-se com tamanho alterado; e biópsia, para indicar se o nódulo é benigno ou maligno.
O tratamento é baseado no tipo e na gravidade do câncer. Geralmente, envolve a retirada das glândulas da tireoide, cirurgia conhecida como tireoidectomia. Essa cirurgia pode retirar toda a glândula ou somente parte dela. Após a tireoidectomia, o paciente faz o tratamento de terapia com iodo radioativo, com o objetivo de eliminar quaisquer resíduos de células doentes. Em casos de tumores mais agressivos, é necessário, também, realizar o tratamento radio ou quimioterápico. Quando a glândula da tireoide é removida, o paciente deve fazer a reposição hormonal contínua.
O câncer de tireoide é uma doença que, caso descoberta em fase inicial, tem altos índices de cura, de acordo com o tipo. Por isso, estar com exames em dia, principalmente se você encontra-se dentro dos fatores de risco, é essencial para a cura. O índice de reincidência desse tipo de câncer chega a 30%, por isso, após o tratamento, é indispensável que o paciente faça acompanhamento contínuo.
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