A tireoide é uma glândula com formato bem parecido com a de uma borboleta, e se localiza em frente aos anéis da traqueia, entre o pomo de adão e a base do pescoço. É uma das maiores glândulas do corpo humano e tem um peso aproximado de 15 a 25 gramas (no adulto).
A sua principal função é a produção dos hormônios tireoidianos (T3 e T4), responsáveis por diversos controles do organismo, como os batimentos cardíacos, os movimentos intestinais, a capacidade de concentração do cérebro, o tônus da musculatura, a regulação dos ciclos menstruais, do humor, do crescimento e da respiração celular. Controla, também, o armazenamento e a utilização de iodo e cálcio.
Alterações da tireoide
Quando a tireoide não está funcionando adequadamente, pode liberar hormônios em excesso (hipertiroidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo).
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo é caracterizado pela queda na produção dos hormônios da tireoide. Seu desempenho repercute em todo o organismo, interferindo nos batimentos cardíacos, no ritmo do intestino, no humor e no ciclo menstrual das mulheres. Uma das causas do aparecimento da doença é a tireoidite de Hashimoto, doença autoimune em que o próprio sistema de defesa cria anticorpos para atacar as células da glândula.
Os principais sintomas do distúrbio são: sonolência, leve ganho de peso, cansaço, alterações no humor, perda de memória, pele seca, prisão de ventre, unhas fracas, queda de cabelo, pés e mãos gelados, sensação de frio excessivo, anemia, alteração na libido, colesterol alto.
Em geral, o tratamento para o hipotireoidismo deve ser feito por toda a vida, por meio da reposição com uma versão sintética do hormônio T4. É preciso tomar o remédio todos os dias e a dose vai depender do grau de desequilíbrio na glândula.
Hipertireoidismo
No hipertireoidismo, a tireoide produz hormônios em excesso, o que impacta em diversas funções do organismo. Nesse caso, a glândula é hiperativa, ou seja, trabalha em excesso.
A doença de Graves é a causa mais comum de hipertireoidismo. Ela ocorre quando o sistema imunológico ataca a tireoide, provocando seu aumento e estimulando-a a produzir excesso de hormônios. É uma doença crônica (que se mantém a longo prazo) e normalmente ocorre em famílias com história de doenças da tireoide.
Os sintomas do hipertireoidismo podem ser muito parecidos com os sinais de outras doenças. Dentre eles, estão:
– perda de peso repentina;
– taquicardia;
– aumento no apetite;
– ansiedade, irritabilidade e nervosismo;
– tremor nas mãos e nos dedos;
– suor excessivo (sudorese);
– mudanças na menstruação;
– intolerância ao calor;
– mudanças no funcionamento do intestino, com evacuações frequentes;
– bócio (glândula tireoide visivelmente aumentada) ou nódulos na tireoide;
– fadiga e fraqueza muscular;
– dificuldade para dormir;
– afilamento da pele;
– cabelo quebradiço (perda de cabelo);
– inquietação.
O tratamento inclui o uso de medicamentos, para diminuir a quantidade de hormônios produzidos, ou na ingestão de iodo radioativo.
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